Toda gente conhece os nirvana. toda a gente conhece pearl jam. mas quantos conhecem poster children?  quicksand?

Toda a gente conhece red hot chilli peppers. Alice in chains.  Mas quantos já ouviram Superchunk? Jawbox?


Siga fazer justiça?

Fortuna dos noventa. agora era suposto criar um slogan mas que se foda.

domingo, 29 de agosto de 2010

THE PROMISE RING - segunda parte





Este é o primeiro tema de "very emergency", o terceiro disco de originais dos promise ring ("horse latitudes" é uma espécie de compilação de lados b). A partir daqui já se consegue perceber uma coisa: a preocupação em refrões e mesmo linhas de guitarra mais catchy agudizou-se. Na verdade, e se formos ouvir o disco pela íntegra este torna-se o trabalho mais acessível da banda até agora. As letras "normalizaram-se", a voz está cada vez maus audível, e o trabalho sonoro simplesmente é mais fácil de ouvir. "very emergency" é aquele típico disco que poderia fazer uma banda passar de meramente respeitada a sucesso global, ou pelo menos nacional: e foi de facto o disco que mais sucesso obteve na carreira dos manos de millwaukee.

Notou-se uma espécie de "popização" ao longo da carreira dos tipos: primeiro um disco mais experimental, com temas mais complicados de assimilar, depois um disco onde se começa a notar uma maior leveza de processos com canções mais imediatas, e a seguir veio o expoente, o ponto g, o auge, a gaja que à primeira vista parece mais boa (mas afinal anda escondida na estreia destes gajos). Há uma gradação crescente em termos de hum, "acessibilidade sonora", como já referi. A questão que se coloca e que interessa é bem simples: o disco é bom?



È foda-se. è um trabalho honesto, directo para as massas e que tem claramente isso escrito na testa. Não é arte disfarçada de entretenimento como tanto disco merdoso que por aí anda, mas entretenimento que não quer ser mais que isso mesmo. Este tema que pus agora foi o primeiro single e é a segunda música do álbum. e é um tema rock com uma sensibilidade pop enorme e que fica na cabeça como piolhos sedentos de cabelos fodidos. A diferença aqui é que são uns piolhos porreiros com quem dá para viver e até arranjar umas patuscadas ao fim de semana.

Claro que a conversa do "merdas secas agora venderam-se" deve ter surgido. Mas é curioso como existe de facto um talento pop nestes gajos que é coisa séria: vejam-me "new jerysey shore" por exemplo, que dá vontade de assobiar e tem um riff de guitarra que simplesmente cola um gajo ao rádio:



São modinhas. modinhas simples bem feitas, curiosas, e que sabem muito bem num dia de verão. Nesta altura era óbvio que "30º degrees everywhere" já ficara muito para trás. Mas é um disco que acaba por soar lógico dentro da carreira dos tipos e que não envergonha ninguém. Bem pelo contrário: não há melhor que isto para aqueles dias de sol em que um gajo se mete na praia num instantinho. E ainda temos "all of my everything" que acaba por ser um tema soturno triste e que finaliza brilhantemente o disco: uma espécie de balada rock/emo/indie que soa perfeita como requiem para um disco que não sendo nada de extraordinário, é bastante cativante e agradável.



E já na década seguinte, em 2002. "wood/water" foi o último tomo.



Directo e sucinto: "wood/water" é o disco mais fraco da banda. Isto é coisa a modos que unânime em qualquer lado. è um disco que os promise ring esqueceram claramente a sua vertente mais rock, e lançaram o emo para um caminho dito mais "indie". Ora tendo em conta que talvez essa vertente da sua música fosse a mais desinteressante do caminho trilhado, "wood/water" acabou por ficar enquanto disco falhado, maldito em certa medida e que acabou enquanto requiem de uma carreira que, embora descendente, revelou ter sempre muito boa qualidade sonora.

Se é bom? depende. Eu até gosto. é um disco muito mais "baladeiro", mortiço e arrastado, no entanto tem boas canções sim. embora se note alguma falta de jeito em conseguir manter uma sonoridade meio indie, existem alguns apontamentos porreiros. Por exemplo o tema de abertura, "size of your life" que ainda possui uma guitarra meio cheesy que tem a sua graça.


(não está nas melhores condições mas penso que se compreende)

è curioso que wood/water pode bem ser considerado um disco ambíguo: por um lado o disco consegue soar a the promise ring por vezes - ou seja embora a sonoridade esteja alterada é crível pensarmos que estamos a ouvir um álbum da banda de millwaukee. por outro lado o caminho trilhado com "very emergency" situa-se relativamente longe deste conjunto de baladas indie-rock, bem polidinhas e bonitinhas, que "wood/water" acabou por proporcionar. E talvez o facto de ter sido um caminho pouco expectável, embora identificável com a banda, tenha toldado algumas opiniões em relação à rodela. Porque há aqui material interessante e agradcável de se ouvir. è o pior disco da banda, mas é um disco no mínimo agradável não me lixem.



Depois disto? Os the promise ring acabaram pouco depois deste último disco. Os melhores resquícios que podemos ainda hoje ouvir serão os maritime, projecto do vocalista e do baterista da banda com o baixista dos gigantescos dismemberment plan (serão alvo de análise por estes lados). Maritime é como se os the promise ring pegassem em "wood/water" mas revitalizando a fórmula e tornando-a mais fluída. "We, the vehicles" disco de 2006 é um atestar disso mesmo: banda indie rock, com uns quantos laivos de uns broken social scene por exemplo, mas em formato mais acessível. Deixo somente aqui um tema para que possam de facto compreender as minhas cromas palavras:



E quando for a próxima banda,o fuckbook do costume irá divulgar a tempo e horas.


Povo que se meteu na cena da música também à pala deste povo:

- death cab for cutie
- motion city soundtrack
- dashboard confessional
- senses fail

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

THE PROMISE RING - primeira parte.




É curioso constatar que só comecei a ouvir os the promise ring a sério praí em março deste ano. Não é tão curioso nem sequer interessante constatar que sou um idiota. a verdade é que os the promise ring não serão uma banda tão desconhecida quanto os quicksand, ou outras de que aqui falarei, mas não me lembro propriamente da banda a passar na televisão, ou nas rádios ou até através de povo a cantarolar modinhas dos tipos (algo que seria perfeitamente exequível, tendo em conta a facilidade destes gajos para arranjarem refrões e guitarras cola-cola).

Vindos do solarengo e exuberantemente turístico milwaukee - que fica a norte desse baluarte paradísiaco de nome chicago, já relativamente perto do tórrido canadá, os the promise ring começaram inicialmente por ser um side-project do vocalista e guitarrista Davey vonbohlen que tinha como ofício principal labutar nos igualmente muito bons cap n'jazz - que nunca editaram um disco enquanto existiram, havendo apenas um duplo álbum com as suas gravações de estúdio editado já posteriormente, em 98 - e que lá está com o fim da sua primeira banda passou a ser ofício full-time.

Os the promise ring sempre foram conotados com o real aparecimento do emo. Enquanto uns se metiam a fervilhar com guitarradas cheias de força e poder, outros decidiam acalmá-las para depois desbravarem em substância trepidante (ou não), por alguns momentos e com uns quantos laivos de indie-rock à mistura. E com vozes mais calmas e tranquilas diga-se. Os the promise ring serão a facção mais pesada deste sector, sendo que os sunny day real estate, os the get up kids e mesmo os death cab for cutie - que obviamente já surgiram enquanto consequência destas bandas- serão os nomes mais evidentes assim à primeira vista. E é neste tumulto simpático que os the promise ring se decidem lançar o seu álbum de estreia.



Tem um título sugestivo antes de mais. Letras fantabulásticas como:

"To dream of a duel, speaking furious in Latin, the scald scar of water
Woke snug as a virgin quietly hummin"- de "scenes from france"

ou

"Your young English eyes on the highways,
climbs and dives, climbs and dives like its alive,
And the black in Indiana is leaving for Atlanta" - de every where in denver

E são mesmo fantabulásticas não me fodam: aliás praí o melhor dos the promise ring e que infelizmente foi esmorecendo com o passar dos discos são as letras meio nonsense que a banda possuía. Era mesmo imagem de marca: guitarras por vezes meio bipolares, voz estranha e por vezes meio impronunciável, melodias que colam e pois claro letras recheadas de peculiariedade. 30º degrees everywhere não é só a soma de todos estes elementos: é também um excelente disco de pequenas canções, a larga maioria delas não vai a mais que os três minutos e meio, que não se assimila de imediato. è melodicamente bastante rico, com diversas nuances que a produção do mesmo também enaltece e parece ser algo meio amorfo da primeira vez que se ouve. Uma espécie de melodias sem um encadeamento propriamente lógico e verosímil. Foi assim que ouvi pela primeira vez este tema fantástico por exemplo:



"A picture postcard" é dos temas que mais gosto deste disco, e consegue perfeitamente enquadrar tudo aquilo que fui referindo acerca dos the promise ring: começa lenta, baixa, lume brando e quês, para ir crescendo e acabar não apoteótica mas esfusiante digamos assim. è nestes termos que falo: temas curtos com algumas variantes musicais sempre deste registo de rock com laivos emo e indie ao mesmo tempo, letras meio subliminares e ficamos por isto.

De qualquer forma falta o essencial: "30º degrees everywhere" não parece nem à primeira nem à segunda nem à terceira, mas é um disco excepcional dentro do género e não só. Tem desvarios mas é coeso, é catchy mas é complexo, é curto mas tem um corolário enorme de intensidade. E aquilo que parece somente mais um disco de uma banda emo com algumas influências mais indie pelo meio torna-se um colosso musical, uma verdadeira caixinha de surpresas. Embora tenha tido algum hype quando foi lançado, neste momento julgo que justiça a este disco não foi feita, precisamente por causa da merda seca que o nome emo passou a querer dizer para a maioria da população. Mas não se enganem: 30º degrees everywhere é aquela babe que à primeira pode não parecer a melhor do universo, mas aos poucos vamos começando a micar e a ficar naquela do "como raio não reparei nela antes?". Clássico.



Antes de ter saído o segundo disco, os the promise ring editaram no mesmo ano "horse latitudes" um álbum de lados b com gravações antigas. tem o seu valor histórico e tem temas particularmente interessantes, como "saturday" ou "e.texas.ave." que surgiu de um split ep com os texas is the reason. é um disco que funciona bem sozinho com canções simples e imediatas que ficam novamente no ouvido.





Começa assim o tomo segundo da banda de millwaukee. Em 1997 "nothing feels good" foi a continuação relativamente lógica do primeiro disco. Sabendo da complicação que era fazer novamente algo semelhante a "30º degrees everywhere" a banda começou aqui a realizar uma "aligeirização" do seu som que culminou no seu último disco "wood/water". Neste sentido as canções já têm outro corpo, uma consistência mais sólida e sobretudo nota-se que estão mais trabalhadas, mais bem produzidas e com um certo maniqueísmo a contrastar com a ingenuidade da estreia.



O emo continua lá, como se pode averiguar nesta excelente "is this thing on?" um dos meus temas preferidos dos gajos. Contiuam as guitarras, mais catchy que nunca, a voz já se compreende melhor, e a letra "delaware are you aware the air supply" acho que continua subliminar o suficiente. O que mudou então? Basicamente o que referi acima. Este novo álbum está muito mais bem trabalhado, e perde de facto aquele impacto inicial. Mas a questão é: ele vale por si? Sem dúvida. "Nothing feels good" não sendo a devastação surpreendente do primeiro, tem um feeling muito seu e é uma constatação que os the promise ring estiveram mais preocupados com o disco a funcionar bem, do que propriamente com a recepção ao dito. è certo que duvido que temas como "why did we ever met" ou "a broken terror" provavelmente não teriam lugar em "30 degrees..." mas isso é irrelevante. Este é um disco de boas canções, mais leve, mais acessível, um registo mais limpo e passível de agradar a uma falange maior de público. E a banda continua completamente relevante.



Na segunda parte veremos os dois últimos discos e consequente fim dos promise ring. e igualmente os caminhos que os seus membros tomaram - pelo menos aqueles de que me lembrar e achar porreiraço referir.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

QUICKSAND



De um modo eficaz e directo, afirmo claramente que sem os Quicksand não haveria blog. Sem esse seminal disco chamado "Manic compression" Era complicado que este conceito fosse criado na minha cabeça. Os quicksand serão para mim a génese de tudo. Mesmo não sendo a banda incontornável do género ao qual estão mais colados (o post-hardcore) foi a primeira banda mais underground da década de 90 que conheci mais a fundo. E isso permitiu que partisse para uma mais que interessante descoberta de bandas mais ou menos conhecidas, mas sempre com uma bitola qualitativa bastante elevada.

Biografia rapidinha. Os quicksand nasceram em nova iorque, no início da década de 90, na ressaca da grande onda de hardcore que varreu a cidade na altura dos oitentas. Aliás walter schreifels, guitarrista e vocalista da banda começou nos gorilla biscuits, uma das bandas mais subvalorizadas de hardcore na cena nova-iorquina. entretanto os tipos acabaram e o homem viu-se a braços com alguns projectos como moondog - e foi aliás a partir daqui que os quicksand surgiram. Com a onda hardcore de nova iorque ainda bastante presente, schreifels decide pegar nessa força que o género da sua banda anterior possuía, mas adicionando um maior tom melódico digamos assim. ou merda parecida, de qualquer forma nem eu sou bom a fazer biografias(falta de paciência) nem esse é o meu maior interesse.



Este foi o primeiro ítem a sair do forno. Com a assinatura da mítica revelation records (que ajudou uma data de bandas do género a crescer) em 1990 sai um ep com pouco mais de 10 minutos espalhados por 4 temas rapidinhos, onde já se nota uma total coesão musical e uma fidelidade a um género que os quicksand ajudaram a criar, juntamente com os amigos fugazi, entre outros: o post-hardcore. guitarras rápidas e intrépidas, voz agressiva e melódica ao mesmo tempo, tudo misturado numa muralha sonora contagiante e de assimilação relativamente simples. Este ep foi o começo da estrada que havia de se tornar particularmente profícua assim que os quicksand lançassem o primeiro disco.

Ainda houve 3 anos de espera. "slip" o primeiro disco dos quicksand, só viu a luz do dia em 1993. O disco em si, em termos sonoros, é de facto semelhante ao ep, mas com uma extensão obviamente mais longa. a coesão está lá. O ritmo agressivo igualmente. As guitarras imediatas e densas ao mesmo tempo, mas que ficam no ouvido rapidamente também. Verdade seja dita que os quicksand são das bandas mais coesas que existiram no género. Nunca se desviaram muito do seu propósito. Também tiveram pouco tempo para isso é certo, mas todo o seu legado não se desviou da inicial trajectória. e fazer isso sem existirem sinais de cansaço musical é algo de brilhante.



E depois deste meu parvo desvio, apresento-vos o primeiro tema deste "slip". "Fazer" é um marco. Porquê? Primeiro porque ainda é o meu tema favorito de quicksand. Depois porque funcionou como meu despertador uma data de tempo (verdade verdadinha) e depois porque é um tema que se cola ao ouvido à bruta. As guitarras estão pesadas, a voz de schreifels não sendo brilhante, adequa-se ao tema em si e o refrão é abrutalhadamente catchy. Está aqui tudo o que é preciso para um tema de rock a rasgar a sério, como infelizmente hoje em dia é complicado de encontrar.



"Fazer" é de facto o melhor cartão de visita que este disco podia ter tido. "Head to wall" o segundo tema, continua a premissa do primeiro. e se formos por aí fora encontramos pedaços musicais que, sendo semelhantes uns aos outros, conseguem ter personalidade própria. Por vezes encontramos inclusivamente muralhas de distorção bem interessantes, outras vezes canções puras e simples com conta peso e medida, sempre com o peso das guitarras, com a energia que os quicksand imprimiam aos seus temas. è curioso notar que "slip", sendo uum disco extremamente coeso é ainda assim um pouco mais incostante que aquela que me parece ser a obra-prima dos quicksand: manic compression. No entanto é um excelente disco que consegue desde logo criar caminhos diferentes tudo dentro de um género que na altura ainda pouca exploração tinha.







Manic compression foi o segundo tomo. em 1995 já os quicksand tinham conseguido obter algum reconhecimento das falanges do underground nova-iorquino, alargando a sua base de fãs pois a banda entrou em tour com os offspring, algo que voltaria a suceder na promoção deste álbum. e depois da polydor (que lançou "slip") foi a vez da bem conhecida island records apostar em schreifels e companhia. e eles não deitaram créditos por mãos alheias. "Manic compression" é a continuação perfeita para "slip": continuam as muralhas de distorção, a força das guitarras, mas tudo é levado para um nível de intensidade superior, onde se nota igualmente uma maior união musical.



Há que dizê-lo novamente: foi de facto aqui que conheci os tipos. depois de tentar vislumbrar bandas que o allmusic indicava serem as primeiras do post-hardcore, fui dar com os quicksand e com este disco. a partir daqui veio esta jornada de justo reconhecimento a uma banda que nunca o teve em grosso modo. È que "manic compression" é um disco incrivelmente uniforme, sem falhas, sem pontos mortos, sem qualquer vontade de colocar um travão na trepidância das guitarras e na voz meio agressiva de schreifels. È claramente um dos melhores discos da década de 90, e das melhores obras que o rock nunca teve a oportunidade de descobrir. Tudo isto vindo por uma banda que ainda parecia ter muito, mas mesmo muito para dar. E temas como "delusional", "brown gargantuan" ou o brilhante fecho com "it would be cooler if you did" não me deixam mentir nem dizer parvoíce. De facto é uma pena que discos destes andem por aí numa quase penumbra e que a banda não tenha feito mais rodelas destas, que era um mel.



Que fizeram os quicksand depois? bem tour com os offspring, tour posterior com os deftones em 97, ainda se falou num possível novo disco e nova tour...mas népia. a banda separou-se mesmo. em 95 as chamadas diivergências musicais deram cabo deste bem-sucedido projecto e a coisa nunca mais voltou a ser a mesma. Depois disso, o baixista da banda passou a colaborar em definitivo com os deftones(e o último disco "diamond eyes" contou inclusivamente com a sua colaboração em estúdio), o guitarrista e o baterista continuaram musicalmente activos embora em projectos menos conhecidos.

Quanto a schreifels... fundou os enormes rival schools, passou para um indie em tons pop com walking concert, e voltou novamente aos rival schools que agora andam aí por tour. Entre estes dois projectos diria que walking concert é engraçado, e rival schools é coisa de mestre. rock mais acessível que quicksand, mas com refrões do outro mundo, guitarras mais lentas mas igualmente trepidantes e uma capacidade de contágio musical indescritível. A atestar aqui com este "good things" um dos singles retirados do único disco dos rival schools(houve outro, mas nunca foi lançado), "united by fate" de 2000 - e provavelmente só mesmo por isso a banda não entrará neste blog.

e é isto. Agora esperem pelo próximo que há de vir a modos que tipo brevemente.




Povo que se meteu na cena da música também à pala deste povo:

deftones
dead poetic
alexisonfire
underOath

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

rapidinha explicação sobre futuros eventos




342566 blogues depois (uns com mais sucesso, outros com menos) decido voltar a lides um tudo nada mais "profissionais" que tinha abrutalhadamente deixado quando me decidi esquecer que o-som existia. Veio a mim a necessidade de discorrer merda sobre cenas que curto, de um modo em certa medida mais informativo e sobretudo crítico. O mariaetelvina continuará embora pouco regular, porque me apetece, e este fortuna dos noventa será um blogue temático à bruta.

O tema veio-me com a simples constatação que há bandas filhasdaputa nos anos noventa que pouca gente conhece. Isso a meu ver aconteceu sobretudo porque o rock nos nineties cresceu de uma forma enorme, com o advento do grunge na vivificante cidade de seattle. Não que nos oitenta isso já não fosse a modos que premonitório, mas toda a gente concordará que foi sobretudo no início dos noventa que o grunge, ou se quisermos expandir, o rock conheceu um novo fôlego.

Tudo muito bonito. Apareceram nirvana, pearl jam, soundgarden, alice in chains, tudo gente de seattle. O advento do grunge foi cena lixada e deu pano para mangas nas vias mais mainstream. Kurt cobain era elevado a deus (sobretudo depois de ter morrido) e uma carrada de bandas tiveram um reconhecimento planetário.

Agora vem aí a porca a torcer o rabo. Houve o advento do grunge sim. Mas em nova iorque haviam por aí umas bandas a pegar em resquícios do hardcore, torná-los mais harmónicos e com isso criar aquilo que se havia de chamar o post-hardcore (e isto é um bitaite pessoal, não está escrito em lado nenhum que bandas como os fugazi criaram o género à bruta). os tais fugazi. os quicksand. em washington os nation of ulysses decidiam-se recriar o belo do garage rock, mas com influências hardcorianas. E outros ainda dignaram-se a aligeirar as rasgantes guitarras, e com alguns laivos mais pop criar os primórdios do emo - o verdadeiro - sunny day real estate, the get up kids ou mesmo the promise ring.

e ainda podia falar de superchunk, poster children, ou mesmo os nada surf. tudo gente porreira, soraias chaves musicais que mereciam esse mesmo reconhecimento. Não o tiveram por variadas razões: eu gosto de pensar que foi porque a oferta era tão grande não se chegou a todo o lado. è um pouco isso que pretendo fazer: todas as segundas-feiras apresentar uma banda nova dar-lhe uma rápida biografia - porque para isso há a wikipedia e o allmusic foda-se - e mandar postas sobre os seus discos, alguns temas que curto mais etc,etc,etc. Vai-me dar algum trabalho, mas espero que o meu actuual entusiasmo não esmoreça.

Para já é tudo. Se alguém tiver paciência para acompanhar é mel. anunciarei no facebook na altura que achar fofinha, a banda que postarei na segunda-feira.

PS: Já agora aproveito para dizer que escolhi segunda-feira por duas razões: a primeira porque é um dia merdoso. a segunda porque está para a semana como janeiro está para o ano - chega-se a domingo sabe-se lá o que se fez segunda. Janeiro é o pior mês do ano, e quando andava embrenhado em ouvir as merdas dos respectivos anos, janeiro era o mês em que descomprimia e "adquiria" discos mais antigos que me tinham escapado. E estas bandas escaparam a uma data de gente. sim a analogia é parva mas para mim tem alguma lógica. Não queiram perceber...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

EM 91 OS NIRVANA ESTAVAM NO AUGE:





E OS SUPERCHUNK IAM NO SEGUNDO DISCO:






EM 99 OS RED HOT CHILI PEPPERS LANÇARAM ÁLBUM RECORDISTA DE VENDAS:



E OS DISMEMBERMENT PLAN FAZIAM PERGUNTAS PERTINENTES:






Conhecemos os dois lados da história?